A depressão foi denominada pela OMS como o “Mal do Século”, embora acompanhe a humanidade desde sempre. A primeira descrição registrada dos sintomas de depressão é de Hipócrates, no século IV a.C. Em linguagem técnica, é uma síndrome psiquiátrica que atinge cerca de 3% a 5% da população em geral, sem ser diagnosticada nem tratada. Em pessoas que procuram serviços de saúde, médicos e psicólogos, a incidência é maior, atingindo até 18% dos pacientes. Em casos mais
severos a depressão pode levar ao SUICÍDIO, assunto que abordamos em outro texto.
Embora aflija mais mulheres do que homens, a depressão não é um “problema feminino”, e, por falta de conhecimento, muitas pessoas ocultam seus sintomas por conta ou da falta de conhecimento, ou mesmo por preconceito. Quantas vezes não ouvimos que depressão é “frescura”, que falta trabalho para o fulano ou a cicrana? O que pouco se divulga, é que a depressão atinge muitos workaholics, e pode ser causada por fatores ocupacionais, como o tipo e quantidade de trabalho.
Uma das grandes dificuldades dos pacientes depressivos ocorre quando o tratamento ou não é adequado ou é insuficiente. Estudos revelam que somente 35% das pessoas são diagnosticadas e tratadas corretamente. Os outros 70% não, seja por serem subdiagnosticados, seja por subdoses de medicamentos, quando utilizados, ou mesmo por falta de avaliação e tratamento psicológico.
Como reconhecer que a pessoa precisa de ajuda?
Conhecendo suas causas e sintomas. Suas causas podem ser orgânicas e psicológicas. Estão ligadas ou não a fatos significativos da vida, como uma doença grave, luto, perda de alguém muito querido, solidão, desemprego, etc. ou associadas a afecções orgânicas, como anemia, problemas respiratórios graves, etc.
Os sintomas mais comuns: alterações de humor (solidão, angústia, apatia, irritabilidade); autoestima rebaixada, associada à auto-depreciação e autorrecriminações. Há a perda da libido, dores pelo corpo, alterações do sono, mania e alteração de apetite, associada à perda ou ao ganho de peso.